quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Afinal, temos muito mais que uma certa meta

Certamente é salutar que cada um de nós tenha objetivos pessoais e profissionais bem claros em nossas mentes.
Isto, não há como negar, é algo que nos ajuda a aceitar e buscar superar as barreiras que nos confrontam diariamente.
Paradoxalmente, algumas vezes, muitos de nós acabamos escravos destes objetivos. É como se colocássemos o nosso próprio pescoço na forca. 
Bem, talvez não fosse preciso exagerar tanto.
Será mesmo?
O quanto os nossos objetivos não acabam se tornando em algo que nos incomoda ou frustra?
A questão crítica está relacionada com a forma pela qual tratamos as nossas metas. A prioridade que colocamos a cada uma delas.
Não é raro que as pessoas as definam como algo que deve ser alcançado, custe o que custar. Aqueles que conseguem atingir seus objetivos costumam ser destacados por sua persistência. Como se ela fosse o maior de todos os adjetivos.
Por outro lado, a coragem e a ciência de saber o momento certo de redefinir nossas metas, acabam por receber características de desistência, fracasso ou ambos.
Quantos de nós temos casos em nossas famílias ou ciclos de amizade sobre pessoas “loucas” ou “irresponsáveis” que desistiram de terminar suas graduações no ultimo ano, para começar do zero outro curso, ou até mesmo partir para novas metas?
Quantos de nós, após alguns anos, não nos arrependemos de não ter tido coragem de fazer o mesmo?
Não há como negar que a luta para alcançar os nossos desafios é algo salutar.
Mas saber até onde ir para alcançá-los é algo para poucos.
Em nosso dia a dia profissional, muitos têm em mente alcançar certas posições, diretorias e presidência ou algo similar.
Será que realmente devemos viver por conta disso?
Voltando para a vida pessoal…
Quantos de nós não tínhamos como objetivo maior conquistar fulaninho tal ou sicrana tal? Quantos de nós não atingimos nossos intentos? O quanto isto não impulsionou para conquistas e feitos muito melhores e maiores? Há algum cabimento ficar preso a um sonho de nossa juventude como se nossa vida estivesse vinculado a ele?
Pois bem, sem querer julgar ninguém, e já julgando rs rs rs
… certamente não!!!
Assim como, profissionalmente, não podemos nos prender a desafios inexequíveis, que não nos cabem… saber redefinir nossos objetivos é o maior dos diferenciais.
Algo para pouquíssimos e que só depende de cada um de nós.
 
Autor: José Renato Santiago