O BSC é uma ferramenta de TI que garante a Gestão Balanceada da Performance da organização e sua tradução para o português é “Placar de Desempenho Equilibrado”. Trata-se de um modelo de avaliação do desempenho da empresa que, atualmente, tem sido visto como provocador de competitividade no cenário organizacional, ao mesmo tempo em que alinha estratégias e medidas de avaliação já adotadas. Isso porque, como afirma Resende (2003), é uma ferramenta que torna mensuráveis e palpáveis ativos que são considerados intangíves. O conceito de Capital Intelectual é trabalhado pelo autor como “valores ocultos que estabelecem o arcabouço para a performance visível da organização” (REZENDE, 2003,p. 52). Ou seja, esse Capital Intelectual, isso que ninguém vê à primeira vista, é considerado fator de competitividade, uma vez que, dentro de uma organização estão envolvidas de maneira sistêmica, diferentes pessoas, de diversas competências, o que hoje é considerado produto “carro-chefe” o qual não está sujeito a cópias.
A metodologia propõe que o Valor da
organização seja pensado como produto final e, ao mesmo tempo, estímulo da
composição entre habilidades individuais, estrutura interna e estrutura externa
da organização. Assim, o Scorecard
garante o alinhamento das pessoas em uma organização, atuando, ao mesmo tempo,
como modelo de avaliação, como sistemática gerencial e filosofia de gestão.
Permite, dessa maneira, implantar um referencial de governança para alinhar e
focar a organização como um todo, e seus respectivos recursos; desenhar um
sistema de inteligência organizacional, de modo que o conhecimento seja criado
e alavancado no processo de decisão e implementação de ações; obter compromisso
de equipe; criar um processo de feedback em todos os níveis.
Assim, a mensuração do desempenho é realizada
por quatro perspectivas: na perspectiva Financeira, a criação do valor se dá
pela combinação de forças entre crescimento e produtividade, pela via dos
acionistas; na perspectiva Cliente ou Consumidor, ocorre a orientação da
organização em relação aos mercados e aos produtos; a perspectiva Processos
Internos possibilita uma sintonia visível a todos que participam do processo
produtivo; a quarta e última perspectiva, a Aprendizagem e Crescimento, garante
a identificação dos ativos intangíveis necessários ao exercício pleno das
atividades e das relações com consumidores.
Na empresa em questão, haverá a necessidade
de rearranjar essas quatro perspectivas. A Perspectiva Financeira não
muda, ou seja, da mesma maneira descrita por Kaplan e Norton (1997),
considera-se o crescimento e o perfil da receita, a redução de custos e a
melhoria da produtividade. A Perspectiva Consumidor continua a
significar fonte de valores monetários, ou seja, a entrada via recebimento de
aluguéis e vendas de imóveis; refere-se à conquista, retenção e satisfação de
clientes diretos e indiretos, o que garante rentabilidade para a empresa. A Perspectiva
Processos Internos refere-se a atividades internas de colaboradores,
envolvendo inovação (sendo este item considerado o mais importante),
atendimento ao cliente, conformidade das operações e ambientalismo. A Perspectiva
Aprendizagem é a que proporciona a identificação dos ativos intangíveis,
tornando-os mensuráveis. Segundo Rezende (2003), nesta perspectiva, se situam
os pilares da estratégia organizacional, ou seja, suas estruturas estão nas
pessoas do processo, com suas competências, capacidades e comportamento
organizacional.
O Placar de Desempenho Equilibrado envolve
ainda o uso de ferramentas baseadas na criação de valores e a possibilidade de
enxergá-los, por meio de mapas estratégicos, por exemplo. O mapa é traçado a
partir de quatro regiões (as 4 perspectivas) possibilita demonstrar a todos da
organização como o trabalho de cada um influencia no objetivo final, ou seja,
angariamos assim, profissionais conhecedores de suas funções e metas, além de
motivados.
Dessa maneira, o BSC é uma ferramenta capaz
de estabelecer foco e linguagem comuns que facilitam conectar as formulações
estratégicas ao dia-a-dia das operações da organização, de forma simplificada e
eficaz, de maneira que surjam novas formas de interação com as cadeias de valor
da organização, destacando relevâncias e atuações dos funcionários. Dessa
maneira, a Gestão Balanceada da Performance sana o problema de falta de
mapeamento dos processos encontrado na empresa em questão, permitindo que tanto
as organizações quanto os indivíduos assumam consciência sistêmica, explorem
seus recursos e direcionem objetivamente seu potencial.