terça-feira, 31 de maio de 2011

Trabalho Em Equipe: Fator Da Qualidade

As transformações sociais pelas quais passamos nas últimas décadas também desencadearam mudanças nas relações de trabalho. O conceito de competência foi ampliado e hoje ser competente não significa apenas demonstrar o conhecimento técnico exigido pela profissão, mas também ter autonomia para solucionar problemas e disposição para participar ativamente no ambiente de trabalho, tomando decisões e assumindo responsabilidades com base no trabalho em equipe.
Em outras palavras, a qualificação está baseada no conjunto de capacidades técnicas, mas principalmente na capacidade de organizar, coordenar, inovar, agir em situações nem sempre previsíveis, decidir e cooperar com a equipe de trabalho. Essas competências, construídas mediante aprendizagem em situações de trabalho ou não, configuram-se hoje como indispensáveis para o profissional garantir seu lugar ao sol.
A pergunta-se que se faz é: “Como adquirir todas essas competências de caráter técnico, pessoal, social e participativo?”. É claro que a vida se incumbe de ensinar a cada um, dentro de seus círculos sociais, muitas dessas competências, porém nosso objetivo aqui é repassar algumas técnicas, estimular o desenvolvimento das capacidades sócio-comunicativas dos futuros, uma vez que aprender a se comunicar e a viver em grupo também implica novas responsabilidades sociais.
Habilidades como saber se comunicar, negociar no grupo, apresentar as próprias idéias, discutir, ser curioso, saber ouvir, valorizar a opinião dos membros do grupo e perceber como a diversidade de visões sobre um mesmo problema enriquece uma discussão são atributos indispensáveis para o processo do trabalho em equipe.
 É preciso saber que não há espaço para individualismos no trabalho em equipe. Toda atividade é entendida como resultado de um esforço conjunto e, portanto, as glorias e os fracassos são de responsabilidade de todos os membros da equipe e não de um único membro. O sentido de equipe nasce da integração individuo/organização, evidenciada pela adesão espontânea aos compromissos e metas, sem a imposição de valores ou procedimentos. Só existe equipe quando todos conhecem os próprios objetivos e as metas da empresa e desenvolvem uma visão critica a respeito do desempenho de cada um e do grupo.
No trabalho em equipe, quando um perde, todos perdem; quando um ganha, todos ganham; quando todos cooperam, fica mais fácil realizar as atividades e os serviços ganham em produtividade e qualidade.

 I - ENTENDENDO O TRABALHO EM EQUIPE.
É muito comum ouvirmos que no dialogo reside o segredo do trabalho em equipe. Do dialogo emergem idéias e emoções; através dele as pessoas se aproximam e se consegue chegar a soluções e entendimentos. Se quisermos a cooperação de uma pessoa, precisamos cativá-la de forma a despertar sua confiança. E só conseguimos isso por meio do dialogo, da conversa.
É importante ressaltar que os interlocutores podem ter (e quase sempre têm) formas diferentes de entendimento. E é nesse ponto que uma “negociação” se faz necessária. O resultado do trabalho em equipe depende da capacidade de negociação e de argumentação das pessoas envolvidas, o que implica saber ouvir e ceder diante de razões bem fundamentadas, dados convincentes, informações fidedignas e experiências referendadas. No trabalho em equipe, o dialogo deve estar presente o tempo todo, porque, embora as metas do grupo sejam comuns, as idéias nem sempre são convergentes. Pontos de vista diferentes podem ocasionar animosidade e discussões e, muitas vezes, descambam para o terreno puramente pessoal. Nesses casos, a conversa acaba gerando um bate-boca improdutivo, que só pode ser contornado se os membros da equipe tiverem como meta estabelecer acordos, tendo como guia os objetivos da empresa.

 II - COMO TRABALHAR EM EQUIPE.
Discutir exclusivamente idéias: Um bom profissional busca idéias e discute idéias; evita questões pessoais no trabalho em equipe e considera apenas propostas concretas.
Buscar um diálogo competente: os argumentos devem sempre ser apresentados de maneira clara, para que possam ser entendidos e discutidos pelas partes. ·
Não temer o conflito: o bom líder ou membro de equipe deve saber lidar com os conflitos e administra-los com firmeza e habilidade. Os conflitos acabam sempre acontecendo e isso é saudável, desde que se saiba tirar deles melhor proveito para o sucesso da negociação. Conflitos não significam desavenças, mas diferentes pontos de vista.
Saber ceder: fazer concessões em nome do grupo é uma atitude natural dos que trabalham em equipe. Desse modo, consegue também aceitação e aprovação de todo o grupo.
Discordar construtivamente: Criticas são sempre construtivas quando feitas com critério. Criticar é saudável, mas há pessoas que concordam com tudo só para terem o trabalho de analisar o assunto; há outras que não desejam se expor nem se comprometer.
Construir idéias: uma idéia pode ser ampliada ou modificada através de discussões e acordos e, assim, resultar numa ação conjunta. 

III - FASES DO TRABALHO EM EQUIPE. ·
Abordagem: o profissional deve saber como encaminhar qualquer questão no ambiente de trabalho, seja para sugerir mudanças, seja para criticar ou elogiar os serviços ou os colegas. O profissional precisa aprender a apresentar suas idéias no momento certo, de maneira a estabelecer relações pessoas construtivas. ·
Conversa: Tendo conhecimento profundo da situação e dos objetivos que pretende alcançar numa conversa (numa reunião, num momento de decisão, na hora de resolver um problema), o membro da equipe deve apresentar uma argumentação que justifique suas opiniões, idéias e sugestões. É preciso fugir da tentação de falar demais se não tem o que dizer, tampouco deve deixar de falar por receio de se expor ou de não agradar.
Superação de objeções: nesta fase do trabalho em equipe, ocorre a avaliação das sugestões e propostas apresentadas. Os parceiros de trabalho contrapõem argumentos e posteriormente avaliam as sugestões e as propostas apresentadas.
Acordo: ultrapassada a fase dos debates entre os membros de uma equipe e a apresentação do ponto de vista de cada um, o profissional precisa ter o espírito de corporação e procurar chegar a um consenso com os colegas. Lembramos que consenso não implica, necessariamente, unanimidade; ele leva em conta as posições de todas as partes interessadas na conciliação das opiniões conflitantes.
Re-abordagem: abrir possibilidades para um assunto ser reabordado pela equipe de trabalho é acreditar na possibilidade de se chegar a um acordo, a um consenso. A Reabordagem confirma que o trabalho em equipe eficaz é o resultado do cultivo permanente da idéia do “nós”. Ela pressupõe a possibilidade de rever posições ou decisões tomadas, a partir do momento que um fato novo ou numa reflexão mais profunda aponte para uma solução melhor.

IV - O LIDER E A RELAÇÃO DE PODER NA EQUIPE.
Engana-se quem pensa que ter poder e ter força é mandar, ordenar, dar instruções, oprimir. Ter poder é ter capacidade de exercer influencia, ter poder é provocar mudanças no comportamento ou nas atitudes de outro individuo. Lembre-se de como a televisão e a imprensa são poderosas. Podemos dizer que, em toda organização, há pelo menos dois tipos de poder: O Poder Institucional e o Poder da Influência.
O poder institucional também conhecido como o poder legítimo ou a autoridade formal baseia-se no entendimento de que pessoas e grupos específicos, devido à posição que ocupam na instituição, têm o direito de exercer influencia – como no caso de empresas que nomeiam supervisores, gerentes, diretores.
 No poder institucional o subordinado obedece por obrigação, mesmo se não reconhece a autoridade de quem lhe comanda.
Já o poder de influencia não depende do exercício de cargos formais. Ao contrario, ele é o poder concedido pelos influenciados e envolve admiração, aceitação e prestigio pelo reconhecimento da competência. Quando por exemplo, fazemos o que um médico manda, estamos concordando com seu poder de influencia.
 Esse tipo de poder tem por base a seguinte crença: Quem influencia tem alguma competência relevante ou um conhecimento especial que o influenciado não possui.


Dez ótimas dicas para o trabalho em equipe
1. Seja paciente
Nem sempre é fácil conciliar opiniões diversas, afinal "cada cabeça uma sentença". Por isso é importante que seja paciente. Procure expor os seus pontos de vista com moderação e procure ouvir o que os outros têm a dizer. Respeite sempre os outros, mesmo que não esteja de acordo com as suas opiniões.
2. Aceite as idéias dos outros
As vezes é difícil aceitar idéias novas ou admitir que não temos razão; mas é importante saber reconhecer que a idéia de um colega pode ser melhor do que a nossa. Afinal de contas, mais importante do que o nosso orgulho, é o objetivo comum que o grupo pretende alcançar.
3. Não critique os colegas
As vezes podem surgir conflitos entre os colegas de grupo; é muito importante não deixar que isso interfira no trabalho em equipe. Avalie as idéias do colega, independentemente daquilo que achar dele. Critique as idéias, nunca a pessoa.


4. Saiba dividir
Ao trabalhar em equipe, é importante dividir tarefas. Não parta do princípio que é o único que pode e sabe realizar uma determinada tarefa. Compartilhar responsabilidades e informação é fundamental.
5. Trabalhe
Não é por trabalhar em equipe que deve esquecer suas obrigações. Dividir tarefas é uma coisa, deixar de trabalhar é outra completamente diferente.
6. Seja participativo e solidário
Procure dar o seu melhor e procure ajudar os seus colegas, sempre que seja necessário. Da mesma forma, não deverá sentir-se constrangido quando necessitar pedir ajuda.
7. Dialogue
Ao sentir-se desconfortável com alguma situação ou função que lhe tenha sido atribuída, é importante que explique o problema, para que seja possível alcançar uma solução de compromisso, que agrade a todos.
8. Planeje
Quando várias pessoas trabalham em conjunto, é natural que surja uma tendência para se dispersarem; o planejamento e a organização são ferramentas importantes para que o trabalho em equipe seja eficiente e eficaz. É importante fazer o balanço entre as metas a que o grupo se propôs e o que conseguiu alcançar no tempo previsto.
9. Evite cair no "pensamento de grupo"
Quando todas as barreiras já foram ultrapassadas, e um grupo é muito coeso e homogêneo, existe a possibilidade de se tornar resistente a mudanças e a opiniões discordantes. É importante que o grupo ouça opiniões externas e que aceite a idéia de que pode errar.
10. Aproveite o trabalho em equipe
Afinal o trabalho de equipe, acaba por ser uma oportunidade de conviver mais perto de seus colegas, e também de aprender com eles.

Boa sorte!!!

Dica de dinâmica - Trabalho em equipe

Dinâmica de grupo de sensibilização para o TRABALHO EM EQUIPE (para quatro participantes ou mais). Material necessário: diversas bexiguinhas ou balões vazios.

Os participantes devem estar em pé, dispostos em um círculo. Entregue para cada um deles uma bexiguinha ou balão vazio e peça para encherem, imaginando que, ao soprarem, estarão colocando dentro do balão um determinado problema (um atendimento a um cliente irritado, por exemplo). Todos devem encher a bexiga ou balão.
- Depois de cheias e fechadas, peça para o grupo simplesmente atirar os balões para cima, em direção ao centro do círculo, mantendo-as todas no ar, sem deixá-las cair no chão. Permita a livre movimentação de todos, para que os balões não encostem no chão.
- Deixe o grupo “aquecer” por um minuto ou dois e vá “retirando” os participantes um a um, ordenando que os restantes continuem a manter os balões voando.

Quando não for mais possível manter todos os balões voando, encerre a atividade e questione o grupo sobre:
  • Como é trabalhar numa equipe onde todos participam e todos ajudam?
  • E como fica quando os demais membros da nossa equipe, simplesmente resolvem não cooperar mais? Conseguiremos facilmente dar conta de nossos problemas?

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dilema: o importante e o urgente

Atendendo a pedidos, vamos voltar ao dilema de todo profissional, o que é importante e o que é urgente?!
Como programar o tempo da melhor maneira possível?

Cada ação que você realiza tem um grau relativo de importância e urgência. As tarefas importantes são aquelas necessárias, úteis, de alto valor, essenciais. As tarefas urgentes são aquelas que precisam ser executadas naquele momento, com pressa, não podendo ser adiadas.

Será que você sabe diferenciar o importante do urgente no seu dia-a-dia?
1. As coisas importantes raramente são urgentes.
2. As questões urgentes exigem nossa atenção exclusiva e exercem contínua pressão.
3. O caráter de pressa do que é urgente mascara a sua real importância.
4. Muitas tarefas urgentes são, na realidade, artificiais.

Quando deixamos de fazer alguma atividade no prazo estipulado, criamos uma urgência. Pagamos com desgaste emocional e físico nas nossas relações pessoais e profissionais. Sem contar que, muitas vezes, para controlar uma urgência, precisamos abandonar tarefas importantes.
Trabalhar constantemente em crise, “apagando incêndios”, não é natural, e compromete a saúde e a motivação. Reflita sobre o seu cotidiano de trabalho. Pense como você realiza a maior parte das atividades.
Se você conseguir diferenciar as tarefas urgentes das importantes estará dando o primeiro passo para priorizar o que é, de fato, essencial.
Somente quando pudermos romper com a tirania do urgente é que resolveremos o problema da falta de tempo.

Estabelecendo objetivos de alto retorno

A fixação de objetivos é uma das ferramentas mais poderosas para racionalizar e tornar produtivo o uso do tempo. Objetivos bem definidos e claramente especificados funcionam com um antídoto para a perda de tempo, eliminando atividades periféricas e sem importância.
Quando se tem uma meta bem definida fica mais fácil saber o que fazer para alcançar o sucesso.

Mas você sabe o que é sucesso?
Sucesso é a realização progressiva de objetivos pessoais valiosos e predeterminados. As pessoas de sucesso são aquelas que alcançam os objetivos traçados e concentram o tempo em atividades de alto retorno, ligadas direta ou indiretamente aos objetivos previamente definidos. Esta realização é progressiva e se consolida passo a passo, minuto a minuto, todos os dias, 24 horas por dia, sete dias por semana.
Paul J. Meyer é autor do livro “Produtividade pessoal efetiva”. Ainda jovem, Meyer se interessou pelos princípios de desenvolvimento da produtividade pessoal e do sucesso. Aos 27 anos, tornou-se milionário aplicando os seus conhecimentos. Em 1960, fundou a Leadership Management International, empresa dedicada à motivação de pessoas até os seus plenos potenciais. Atualmente, a empresa atua em mais 60 países, inclusive no Brasil, e conta com mais de 2.500 associados. Desde a sua fundação, o faturamento da companhia já ultrapassou 1 bilhão de dólares. A metodologia LMI, disponível em mais de 20 idiomas, tem sucesso comprovado na potencialização das pessoas por meio de mudanças de atitude e comportamento.
Meyer tem três doutorados honorários e os seus artigos já foram publicados em mais de 200 jornais e revistas. Suas idéias de como atingir o sucesso já foram citadas por mais de 100 autores.

“Os objetivos trazem ordem, significado e finalidade à vida, sustentando o interesse e a motivação por um longo período de tempo. Além disso, evocam nossas qualidades mais nobres: ao fixar metas, expressamos o desejo de realizar, melhorar nossa vida, sermos mais efetivos e mais produtivos e obter mais sucesso amanhã do que o que obtivemos até agora.”
Paul J. Meyer

Como você viu, estabelecer objetivos é fundamental e deve ser visto como o primeiro passo para melhorar a utilização do tempo e, conseqüentemente, da sua vida. Mas para isso você terá que despender algum tempo...
Você precisará achar tempo para definir claramente a sua missão e as suas metas, e depois escrevê-las, uma a uma.

Lembre-se: escrever os objetivos é tão importante quanto defini-los. Objetivos não escritos não têm valor!
As pessoas têm objetivos diferentes. Alguns podem parecer muito difíceis; outros, muito fáceis. Porém, para realizá-los é preciso ter uma a definição clara do que se pretende alcançar. É preciso escrever cada objetivo, um a um, profissional e pessoal, independentemente do grau de dificuldade.

Você já parou para pensar em quais são os seus reais objetivos?

Vencedor - motivacional

O vencedor é o que tem a determinação de vencer.
O vencedor é aquele que faz o que é preciso, treina dia após dia, esforça-se um pouco mais a cada treino, é capaz de visualizar
sua passagem pela linha final à frente do resto.

Você não fracassa por fazer as coisas erradas.
Mas, fracassa por desistir ao fazer as coisas erradas.


Siga em frente e nunca desista...

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Dica de dinâmica - Apresentação

DINÂMICA: CARTÕES E BALÕES
Número de participantes: até 40 participantes
Tempo de duração: 45 minutos
Objetivos: Favorecer a apresentação do grupo e, a partir de um estímulo verbal, promover a descontração dos membros do grupo e sua conseqüente apresentação.

Material: bolas de sopro (coloridas); cartões coloridos; lápis, hidrocor e papel ofício.

Desenvolvimento:
1) Enumerar uma série de cartões coloridos e no seu verso escrever a seguinte ordem: “Estoure uma bola da cor do seu cartão”
2) Encher as bolas coloridas e introduzir em cada uma delas papéis chaves contendo frases pitorescas, alusivas à apresentação dos membros do grupo.
3) Dispor as bolas no centro da sala.
4) Formar um círculo em volta das bolas coloridas.
5) Dispor os cartões coloridos em uma mesa e solicitar aos participantes que escolham cada um o seu cartão.
6) Convidar o portador do cartão de número 1 para que, no centro do círculo estoure uma bola da mesma cor do seu cartão de acordo com a ordem expressa no verso.
7) Estourada a bola, o papel chave que estava no seu interior deverá ser lido em voz alta e atendida sua solicitação.
8) O procedimento continua com a pessoa do cartão de número 2, e continua até que todos tenham se apresentado.

Sugestões para frases:
- Como devemos chamar você?
- Escolha alguém do grupo e apresente-se formalmente a essa pessoa.
- Qual sua expectativa com relação a esse curso?
- O que você espera receber deste grupo? Etc...

Comprometimento é fundamental para conquistas

Um dos maiores desafios dos gestores das empresas é o de conquistar a lealdade de seus colaboradores. Uma tarefa não muito fácil, porém de fundamental importância para a produtividade de uma organização. Se ampliarmos a análise sobre o comprometimento, perceberemos que não é somente na vida profissional que a concentração de energia para se fazer algo é importante e fundamental. É importante, sim, em todas as áreas da vida.
Não devemos confundir comprometimento com obrigação ou esforços negativos na direção de um objetivo, porque se assim for considerado acabamos por distanciar a determinação e a devoção para se fazer algo. Um relacionamento afetivo sem comprometimento entre as pessoas envolvidas dificilmente terá qualidade e harmonia. Um político sem comprometimento com suas causas e com o seu povo logo perderá sua credibilidade. E uma organização que não tiver uma cultura de comprometimento perderá sua força competitiva. As grandes equipes vitoriosas já demonstraram que o comprometimento faz diminuir as deficiências técnicas e também permite ampliar a força do grupo criando o trabalho de equipe com fortes características de time unido e motivado na direção dos mesmos propósitos.
É importante destacar que o tipo de liderança existente numa empresa pode facilitar o comprometimento dos indivíduos, ou não. Já é conhecido o fato que, o tipo de liderança exercida numa organização pode prejudicar o clima organizacional, e que por sua vez interfere diretamente nos resultados. Por isso, os gestores devem ficar atentos sobre como eles estão atuando junto de suas equipes. As empresas devem desenvolver 3 fatores que são considerados determinantes para o desenvolvimento do compromisso efetivo dos colaboradores:
1- clima positivo para o trabalho,
2 – comunicação transparente,
3 – treinamento/aprendizagem constante.
O clima organizacional é definido pelo consultor norte-americano, Warren G. Bennis, como "um conjunto de valores ou atitudes que afetam a maneira como as pessoas se relacionam umas com as outras e com a organização". O clima dependerá do ambiente que a empresa cria para a busca dos resultados. O ambiente é o contexto, o meio em que se desenvolvem os relacionamentos interpessoais. Não acontece nada fora de um contexto, que abrange elementos, físicos, psicológicos, sociais e muitos outros.
É possível afirmar que todos os colaboradores da empresa, pelo menos indiretamente, são responsáveis pelo clima porque cada um pode estar consciente sobre como se relaciona com todos no ambiente de trabalho, conscientizando-se de que sempre é possível fazer melhor. Mas este processo começa e continua pela liderança, porque muitas pessoas ainda esperam que o fator externo aconteça primeiro para que elas comecem agir.
O fator comunicação transparente significa estabelecer uma relação amistosa, visando a aproximação de todos para o mesmo propósito. Os objetivos devem ser transmitidos de forma clara e devem inspirar os envolvidos. A falta da comunicação transparente gera conflitos, desentendimentos, "panelinhas e organização informal", e principalmente, "achismo" para tudo. O fator aprendizagem é indispensável. Quanto mais uma empresa educa corretamente seus colaboradores, mais equipados eles ficarão, e desta forma fica mais fácil dar respostas diante os desafios diários. O treinamento apropriado é aquele que forma o conhecimento, ou seja, é quando a informação se adapta a realidade e produz soluções.
Diante destes fatores é importante lembrar o aspecto mais importante, a motivação intrínseca. De que adianta as empresas e seus gestores criarem o ambiente, treinarem e manterem uma comunicação eficiente se os indivíduos não possuem objetivos próprios e determinação pessoal. É errôneo pensar que os colaboradores de uma empresa irão devotar 100% de sua energia. Deve nascer dentro de cada um a disponibilidade para fazer de cada momento uma experiência de energia e compromisso porque a atitude de uma pessoa diante os desafios da vida dependerá do estado que ela se coloca para tal. Se uma pessoa se coloca num estado de baixa qualidade, o comportamento será limitado e os resultados também serão. Se o indivíduo escolhe colocar o melhor estado para fazer algo, independente do ambiente externo, o comportamento será mais rico e como conseqüência os resultados serão mais compensadores.
Pessoas sem objetivos e metas pessoais terão mais dificuldade de gerar comprometimento em suas atividades profissionais, porque o comprometimento não existe para com ela própria. É necessário, sempre, uma boa dose de otimismo, coragem e entusiasmo para se fazer as coisas. Saiba que, o "indivíduo que não desenvolve comprometimento não consegue nada de grandioso na vida".

Autor: Cersi Machado
Consultor empresarial e palestrante.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Desafios à liderança

A posição de líder vem acompanhada de uma série de desafios e dificuldades. Nessa nova era, onde a maneira com que as coisas mudam, evoluem e se propagam deixam o mercado bastante dinâmico, o líder passa a ser o centro das atenções, principalmente em momentos de crise, e deve ter forças para se superar e levar a equipe a dar a volta por cima. Exercer a autoridade pode ser suficiente em épocas de estabilidade, mas para um ambiente em constante transformação, quando mudam as regras que determinam estruturas, processos e sistemas é preciso haver liderança (SOTO, 2002).
Como salienta Vergara (2007) nessa nova era o que se busca são pessoas que tenham mentalidade global, que tenham um sonho e busquem transformá-lo em realidade, encontrando significado no trabalho e permitindo que outros encontrem também.
Da mesma forma define
“A administração do futuro aponta que o único caminho que resta às organizações de hoje e de amanhã é a busca da competitividade a partir da lealdade e motivação de seu pessoal, a lealdade e satisfação dos seus clientes e a lealdade e melhores relações da sociedade com fornecedores” (SOTO, 2002, p. 235).
O líder autêntico cria estratégias, determina a direção que a empresa deve seguir para alcançar um conjunto de metas e faz com que seus colaboradores o sigam por estarem convencidos da validade de suas idéias. É importante ter paixão e entusiasmo, que impulsionam os líderes, que os motivam a investir tempo e esforços necessários para criar a visão e depois transmiti-la para ajudar a inspirar outras pessoas (HITT et al., 2002).
Hoje, um dos principais desafios do líder, é extrair o máximo de desempenho de seus seguidores e criar condições para o florescimento da liderança, identificando e cultivando líderes potenciais em todos os níveis (MAXWELL, 2008). Isto porque as grandes empresas estão se decompondo em unidades menores de negócios para se tornarem mais competitivas.
Porém, muitas vezes o que acontece, é a falta de preparo dos gestores em relação a seus subordinados, o que pode levar a falta de desempenho por parte dos mesmos em não demonstrar 100% da sua capacidade de trabalho. O líder deve saber ser inovador, porém, deve saber mesclar a inovação com a padronização, que permite a mensuração dos resultados da equipe, além de ter a capacidade de saber administrar as diferenças culturais existentes no grupo.
Enfrentar riscos, ter persistência para alcançar resultados desafiadores, ter coragem, ser ético, construir novos valores de gestão, fazer com que as pessoas possam se desenvolver, ajudar as pessoas a encararem a realidade e mobilizá-las para que façam mudanças, são as responsabilidades do líder hoje, que ultrapassa tudo o que se falou e esperou dos líderes do passado.

Poder x Autoridade na liderança

O líder não exerce poder sobre as pessoas, mas sim autoridade, vez que leva os outros a fazerem, com amor, a sua vontade por causa da sua influência pessoal. O poder gera atitudes autoritárias, que deterioram os relacionamentos. Geralmente quando um líder é levado a exercer seu poder, significa que sua autoridade em algum momento foi questionada, portanto, ele está com problemas.
Para ter autoridade sobre alguém é necessário que esta pessoa sinta que é respeitada, da mesma forma acontece com o líder e sua equipe, esta deve sentir o respeito e a dedicação que seu líder tem por ela (HUNTER, 2006). Lembrando que não é necessário que o líder goste de seus subordinados, mas, como ser humano, deve respeitá-los de forma a ser atencioso com suas necessidades, interesses e bem-estar, independentemente de como se sinta. Isso é amor incondicional.
No passado, as pessoas eram treinadas para liderar apenas aqueles que faziam parte da sua equipe ou eram diretamente subordinadas a elas dentro da empresa, ou seja, eram formados os chamados líderes 90 graus, que não se preocupavam com o mundo fora da empresa. Contudo, a realidade empresarial que vivenciamos exige que o líder influencie não apenas aqueles que são subordinados a ele, mas sim a todos da empresa, desde a alta gerência, passando por aqueles que estão na mesma linha, até os que estão mais abaixo. Sendo assim, o líder deve desaprender a focar para “dentro” e para “baixo”, como se a empresa tivesse paredes ou como se seu capital intelectual fosse sinônimo do quadro de funcionários (MAXWELL, 2007a).
“Somente os líderes 360º influenciam pessoas em qualquer nível da organização” (MAXWELL, 2007a, p. 16). Atuam onde faz diferença. Exercem a liderança também fora da empresa, para cima e para os lados. Não influenciam somente quem está do lado “de dentro” da empresa. Sabem que precisam exercer a liderança perante clientes, parceiros e comunidades. Cuidam de perto dos canais de distribuição de seus produtos e serviços.
Em poucas palavras, o líder 360 graus deve ser um construtor de pontes entre a empresa e tudo o que está a sua volta. Ele atua onde é necessário, construindo pontes eficazes e superando a visão míope que os tinha condicionado a pensar a liderança como sendo sinônimo de comandar equipes de subordinados (MAXWELL, 2007a).
Ainda hoje muitas pessoas podem ser promovidas a um “cargo” de liderança, única e exclusivamente, por atender de forma extremamente competente as exigências técnicas de determinado departamento da empresa. Porém, suas habilidades de liderança ainda não foram desenvolvidas, não houve um tempo de preparação, de maturidade. Quando isso acontece, significa que a empresa acabou de perder seu melhor funcionário e ganhou seu pior líder, gerando assim um colaborador insatisfeito e uma equipe desmotivada.
As grandes empresas, atualmente, estão optando por contratar pessoas devido ao seu caráter, e treiná-las para as habilidades. Pois liderança é caráter em ação. É preferível antes ter um líder paciente, gentil, humilde, honesto e serio em suas decisões, e ainda em treinamento, do que um “líder” já preparado, mas impaciente, arrogante e sem jeito para tratar as pessoas. Porque para ser líder é preciso se conquistar a confiança e, para conquistá-la não basta falar, deve-se agir, mostrar, pois como resumiu incrivelmente Ralph Waldo Emerson: “O que você é grita tão alto em meus ouvidos que não posso ouvir o que está dizendo”.

Liderança exige paciência, gentileza, humildade, respeito, altruísmo, perdão, honestidade e compromisso. E todas essas características fazem parte do caráter da pessoa, que é formado a partir de seu hábito. Sendo assim, estar líder é servir às pessoas com amor, com alegria, com paciência ajudando-as a chegarem aos seus objetivos. Nenhum líder chega a lugar nenhum sozinho, ele precisa levar outras pessoas junto com ele, pois sua maior missão é a de multiplicar os líderes. Assim como Jesus, o maior líder da história buscou fazer, treinando com amor seus discípulos e ensinando eles a servirem com alegria, a terem como pagamento a sensação de dever cumprido (HUNTER, 2006).