terça-feira, 25 de junho de 2013

BSC (Balanced Scorecard)


           O BSC é uma ferramenta de TI que garante a Gestão Balanceada da Performance da organização e sua tradução para o português é “Placar de Desempenho Equilibrado”. Trata-se de um modelo de avaliação do desempenho da empresa que, atualmente, tem sido visto como provocador de competitividade no cenário organizacional, ao mesmo tempo em que alinha estratégias e medidas de avaliação já adotadas. Isso porque, como afirma Resende (2003), é uma ferramenta que torna mensuráveis e palpáveis ativos que são considerados intangíves. O conceito de Capital Intelectual é trabalhado pelo autor como “valores ocultos que estabelecem o arcabouço para a performance visível da organização” (REZENDE, 2003,p. 52). Ou seja, esse Capital Intelectual, isso que ninguém vê à primeira vista, é considerado fator de competitividade, uma vez que, dentro de uma organização estão envolvidas de maneira sistêmica, diferentes pessoas, de diversas competências, o que hoje é considerado produto “carro-chefe” o qual não está sujeito a cópias.
A metodologia propõe que o Valor da organização seja pensado como produto final e, ao mesmo tempo, estímulo da composição entre habilidades individuais, estrutura interna e estrutura externa da organização. Assim, o Scorecard garante o alinhamento das pessoas em uma organização, atuando, ao mesmo tempo, como modelo de avaliação, como sistemática gerencial e filosofia de gestão. Permite, dessa maneira, implantar um referencial de governança para alinhar e focar a organização como um todo, e seus respectivos recursos; desenhar um sistema de inteligência organizacional, de modo que o conhecimento seja criado e alavancado no processo de decisão e implementação de ações; obter compromisso de equipe; criar um processo de feedback em todos os níveis.
Assim, a mensuração do desempenho é realizada por quatro perspectivas: na perspectiva Financeira, a criação do valor se dá pela combinação de forças entre crescimento e produtividade, pela via dos acionistas; na perspectiva Cliente ou Consumidor, ocorre a orientação da organização em relação aos mercados e aos produtos; a perspectiva Processos Internos possibilita uma sintonia visível a todos que participam do processo produtivo; a quarta e última perspectiva, a Aprendizagem e Crescimento, garante a identificação dos ativos intangíveis necessários ao exercício pleno das atividades e das relações com consumidores.
Na empresa em questão, haverá a necessidade de rearranjar essas quatro perspectivas. A Perspectiva Financeira não muda, ou seja, da mesma maneira descrita por Kaplan e Norton (1997), considera-se o crescimento e o perfil da receita, a redução de custos e a melhoria da produtividade. A Perspectiva Consumidor continua a significar fonte de valores monetários, ou seja, a entrada via recebimento de aluguéis e vendas de imóveis; refere-se à conquista, retenção e satisfação de clientes diretos e indiretos, o que garante rentabilidade para a empresa. A Perspectiva Processos Internos refere-se a atividades internas de colaboradores, envolvendo inovação (sendo este item considerado o mais importante), atendimento ao cliente, conformidade das operações e ambientalismo. A Perspectiva Aprendizagem é a que proporciona a identificação dos ativos intangíveis, tornando-os mensuráveis. Segundo Rezende (2003), nesta perspectiva, se situam os pilares da estratégia organizacional, ou seja, suas estruturas estão nas pessoas do processo, com suas competências, capacidades e comportamento organizacional.


O Placar de Desempenho Equilibrado envolve ainda o uso de ferramentas baseadas na criação de valores e a possibilidade de enxergá-los, por meio de mapas estratégicos, por exemplo. O mapa é traçado a partir de quatro regiões (as 4 perspectivas) possibilita demonstrar a todos da organização como o trabalho de cada um influencia no objetivo final, ou seja, angariamos assim, profissionais conhecedores de suas funções e metas, além de motivados.

Dessa maneira, o BSC é uma ferramenta capaz de estabelecer foco e linguagem comuns que facilitam conectar as formulações estratégicas ao dia-a-dia das operações da organização, de forma simplificada e eficaz, de maneira que surjam novas formas de interação com as cadeias de valor da organização, destacando relevâncias e atuações dos funcionários. Dessa maneira, a Gestão Balanceada da Performance sana o problema de falta de mapeamento dos processos encontrado na empresa em questão, permitindo que tanto as organizações quanto os indivíduos assumam consciência sistêmica, explorem seus recursos e direcionem objetivamente seu potencial.